Interferência de igrejas evangélicas no processo da educação brasileira

Interferência de igrejas evangélicas no processo da educação brasileira

O Brasil é um país antropologicamente politeísta, isto por que na sua autóctone formação, foi marcante as raízes as quais os brasileiros interagiram e é, dessa maneira que eles vislumbram o mundo extra físico.
Antes da invasão do continente americano pelos povos europeus cristãos e, depois os tráficos dos povos africanos para serem escravizados, os habitantes nativos daqui melhor dizendo, os índios, sempre foram politeístas e, a invasão desses povos acima citado, consolidou-se uma tríade de politeísmo, visto que, tanto os invasores quanto os escravizados eram politeístas. Obviamente no continente americano, congregou o europeu com seu ímpeto dos seus santos católico, o negro com seus deuses afros e o índio ser nativo do continente, com suas diversas emanações de entidades da floresta.
Ao longo desses 500 anos de interação, tanto o índio quanto os negros, sofreram perturbações advindo dos católicos europeu na tentativa de coagir os índios e os negros, a abandonarem sua cultura religiosa, provocando ao longo tempo, um sincretismo substancial afro/indígena. Após o fim da escravidão todas essas culturas politeístas começaram a se interagirem, por exemplo, do Candomblé surgiu a Quimbanda e esta, embora seja originária do culto afro genuíno, já aparece alguns componentes de entidades indígena.Tanto a Quimbanda quanto o Candomblé, começam a usar velas católicas ao invés de ascender fogueira e, também criam representações em esculturas dos seus deuses tal com o catolicismo. Nessa mesma época, a recém-religião espírita Kardecista (também politeísta) originária da França e, que desembarcou no Brasil no final do século XIX, trazida pelos descendentes dos brancos que estudaram na Europa, por volta de 1907 precisamente na cidade de Niterói brota numa das suas sessões o principio da Umbanda e, logo em seguida essa mesma seita, dá origem a seita Santo Daime, no antigo território do Acre.
Em em 1961 um dissidente do Santo Daime, o baiano umbandista, Jose Gabriel da Costa, funda no estado de Rondônia a seita União do Vegetal (UDV), uma seita politeísta, porem com uma proximidade maior com as entidades da floresta, permeada por um vislumbre e um credo buscando o lado oculto da cultura semita.
Essas três últimas religiões politeístas, isto é a Umbanda, o Santo Daime e a União do Vegetal são antropologicamente, as mais legítimas e verdadeiras religiões brasileiras.
Com o desenvolvimento e proliferação das igrejas evangélicas no país logo após a Proclamação da República, essas diversas facções de origem cristã e extremamente monoteístas, cresceram e começaram a quererem ser “os donos da verdade” e, isso criou atritos e politicagem dentro do sistema educacional brasileiro que historicamente trás na sua formação antropológica e cultural, o jeito politeísta da formação cultural do Brasil, podendo se dizer até natural, porque veio dos índios, negros e brancos católicos, antes mesmo da Reforma Protestante o qual originou os evangélicos. É um processo o qual não há como mudar, por que toda cultura folclórica brasileira tem a base nessa tríade. Em contra posição essas diversidades de crenças evangélicas cristã, são muito parecidas com a religião muçulmana no modo de ser, na política e na exaltação de um deus único. Por outro lado sabemos que toda nação religiosa monoteísta, tende a ser imperialista e inconsequente tal como os Estados Unidos e os países muçulmanos, ambos são duas correntes monoteístas simétricas e extremamente polarizada na política expansionista e querem sempre serem “os donos da verdade” seja na política territorial quanto na econômica ou cultural.
O politeísmo é maior em todo mundo e tem um jeito mais social, democrático e tolerante no seu modus operandi, tem lá seus desarranjos, mais são pacíficos o que é mais importante. Enquanto que o monoteísmo é mais pragmático e inconsequente com suas ações sociais. Conclusão: - Não há filosofia e nem ciência que comungue essas duas correntes, a não ser aconteça um cataclisma de ordem continental ou um outro fator surreal que transmuta e de congruência  nessas ideias primitivas de ambos os lados acabando com a política secular.
Por que consciência, complacência e maturidade só se concebe com cicatrizes na alma.

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