Evolução espiritual: Utopia, política e desilusão!


Evolução espiritual: Utopia, política e desilusão!

Eu acho que essa palavra “Evolução", não cabe como referencia metafísica no processo espiritual, por que foi um termo muito badalado no século XIX pelos cientistas da época, o qual acompanharam a teoria do arqueólogo e naturalista inglês, Charles Darwin, que a usou tecnicamente pela primeira vez e apropriou-se do termo para dar sentido à sua epistemologia e, com isso o termo erroneamente tornou-se obrigatório para colocar tudo na régua positivista o qual era a hegemonia incandescentes do pensamento do século XIX. O cientista britânico para dar ênfase aos seus estudos ligou o termo ao desenvolvimento arqueológico dos seres vivos, incluindo aí o aparecimento do homem por fazer parte dessa cadeia formadora e, também por que nós, os humanos, sermos o testemunho maior desse átrio do fenômeno humano da existência e do universo que nos cerca, pelo menos até o presente momento. Essa colocação do termo “evolução" usado pelo codificador Alan Kardec foi mais uma tentativa para atualizar e dar sentido a uma nova fé, porem com uma certa segurança da nova ciência evolucionista que estava surgindo e "fazer a conta do sentido da vida fechar”, isto é, transferir o credo, para um novo patamar, reafirmando de que há sim, um Plano Maior e que a “ escalada" para se chegar nesse “Plano Maior” é a "renovação dos sacrifícios" que as velhas religiões impuseram até aquele momento. Reencarnação, carma, livre arbítrio etc. foram os novos termos que o Kardecismo baseou-se para dar sentido à sua nova religião, colocando de lado os arcaicos postulados crônicos vindo do velho credo institucionalizado no histórico Concílio de Nilcéia do ano 325 D.C. quando foi criado o primeiro plano psico-social do Império Romano para legalizar a tendencia social da época e criar a primeira Bíblia aos modos deles embasado no Epicurismo/Estoicismo grego e em alguns livros escritos pelos pressupostos apóstolos de Jesus. A junção dessas duas correntes, a qual uma baseava no bom senso para viver melhor o social, a grega, e a outra apostava na metafísica da fé num ente superior, para uma possível sobrevivência pós morte física. O Concílio de Nilcéia, foi o maior advento político cultural criado pelo imperador Constantino para dar respostas as especulações do Arianismo que já minava e ameaçava o Cristianismo e o grande Império Romano. O primeiro fundamentava que Jesus era um ser humano comum, fadado à inspiração divina. O segundo acreditava ser o Messias o próprio Deus encarnado. Constantino optou pelo segundo, já pensando em ser o representante de Deus na Terra, tal como consolidou a tradição papista até os nossos dias. O espiritismo kardecista originou-se do Arianismo, porem com o advento do evolucionismo/positivista do século XIX, o qual deu-lhe uma nova linha de aceitação para a metafísica do credo cristista, buscando solidificar e racionalizar um objetivo substancial para o fenômeno humano. Eu penso que nós, seres humanos, somos uma anomalia que brotou no fluxo energético do universo e, que nosso aglomerado de pensamento/forma encarna por causa das diversas existências frustrada de realizações em vidas, o qual é sempre segmentadas pela morte física. Paralelo a tudo isso, a absurda vida antrópica que levamos em cada encarnação, ou melhor contra o fluxo do universo, longe da fronteira natural e das “cercanias do horizonte de eventos” entre o físico e o extra-físico, no qual vivem conectados todos os animais, etnias de algumas tribos indígenas, alguns povos do deserto etc. e, que essa conexão é nativa e inerente neles, fazendo com que eles vivam a vida inteira ligada nessa magnífica frequência bilateral, que os isenta de instrumentos tecnológicos de alta precisão para se orientarem, o que possibilita à eles, perceberem com antecedência, qualquer ocorrência de um fato, antes de acontecer o tal fato em si, isto é, antevendo quaisquer tragédia natural no seu habitat, morte de ente querido da comunidade etc. Para exemplificar essa hiperestesia empírica, bastamos lembrar dos tsunamis na Indonésia que matou milhares de pessoas e nenhum animal. É como se eles vivessem em comunicação, numa teia transcendental e, que o chamado “Principio de Incerteza de Heisenberg”, não existisse para eles. Esse tipo de vida que levamos ouvindo crendices religiosas primitivas e cultural e que muitas vezes são tendenciosas por que só servem para lideres político/religiosos, usarem como política/econômica e idolatria abstrata, o qual resplandece em todos nós por termos sentimentos exacerbados, somos orgulhosos, vaidosos, prepotentes e como crianças inocentes, perplexos com o esplendor da existência, porem paradoxalmente estamos “condenados” a buscar através da ciência e do vislumbre da metafísica o mistério da origem da vida como um inexorável destino, então sempre encarnamos para livramo-nos dos resquícios de uma outra existência, que ainda segue grudado em nossa alma devido ao desenvolvimento de miasmas ignorantes e mal resolvido de várias outras encarnações, tal como acontece no corpo de um imã que foi arrastado dentro de uma serralheria e vários tipo de pó de diferentes metais ficaram grudados. Para mim não há nenhuma fonte da vida estática (paraíso) em algures no universo nos esperando, isso é mais metafísica primitiva das religiões semitas (Judaísmo/Islamismo/Cristianismo) com sua política psico-social que vem desde o episódio da Arca de Noé, Terra de Canaã, Terra dos Sem Males, "na casa do meu pai tem muitas moradas” e por aí a fora, porem essas coisas não passam de factoides e pontos utópicos para iludirmo-nos e continuarmo-nos a apostar nesses mitos, esquecendo boa parte da nossa vida e, principalmente que estamos vivendo num planeta maravilhoso o qual, nós os habitantes, damos ao luxo em poder escolher que tipo de vida queremos levar, morar onde bem acharmos melhor, com o clima que optamos, comendo o que querermos e com quem quisermos. Se vasculharmos todos os arredores da galáxia Via-láctea não encontraremos nenhum planeta onde reune todas essas regalias que tem no planeta Terra, porem a grande maioria não observam o óbvio: A terra é finita e se queremos sobreviver nela, temos que cuidar deste planeta e, parar de se iludir com esperança de uma "nova arca de Noé”, por que num futuro não tão distante, seria melhor chamar esse artefato (se um dia existir) de “ A Arca ou Nave de Stephen Hawking”. Se existe o livre arbítrio, como prega as várias religiões espírita como opção para vivermos neste mundo, por que devemos viver de acordo com leis baseadas numa moral primitiva, sob o crivo da ignorância anacrônica a qual não há mais espaço para essa prática nos dias de hoje? Por outro lado, se uma pessoa decide viver sem nenhuma moral, quem garante que a "patrulha do dito Criador" irá puni-lo? Se pensarmos na sorte, o qual é um fator imprevisível que acontece com qualquer pessoa independente da sua índole, religião ou poder econômico e, que num caso deste, pode até premiar uma pessoa rica de índole mal, deixado-a ainda mais rica, mais prepotente e, com mais prêmio em dinheiro ganho nas apostas, facilitará muito mais suas exacerbadas e drásticas ações megalomaníaca antrópica? Ai eu pergunto: Foi por "merecimento divino" a sua sorte? "Deus escreve certo por linhas tortas"? São os “desígnios de Deus”? "Chegou a hora dele"? "Todos nós temos uma missão"? São esses os bordões dos consolos religiosos mais tradicionais, comum e mais ingênuos, cultuado pelos cristãos e também em outras religiões no Ocidente e no Oriente ou mesmo pela maioria que prefere ser rebanho e passar a vida inteira a fazer política dessas ingenuidades como verdades irrefutáveis. Após quase 500 anos passado, quando Martinho Lutero rompeu com a Igreja Católica por causa dessas e outras idiotices, sendo a mais famosas, a cobranças das indulgencias dos fiéis. Pôs bem! Hoje essa prática, continua ecoando nos corações e mentes, essas cobrança de indulgências só mudou de nome, tornado-se obrigatória nas igrejas protestantes e, a cada dia vai enriquecendo ainda mais os empresários da fé, que promovem esses bordões crônico, estendendo esse consolo ignóbil na vida prática, pra justificar as suas cobranças de dízimos fazendo uma devassa nos salários dos fiéis, enquanto que do outro lado a bandidagem dos políticos religiosos congressistas, sem nenhum escrúpulos faz o mesmo com dinheiro público, com promessas de melhorias sociais e, que indiretamente esses tais consolos religiosos acima citados, está ajudando indiretamente o imperialismo internacional, que só quer escravizar a raça humana, por que eles sabem que os cristãos vão botar a culpa no sobrenatural, isto é na figura do Diabo, sendo que o sobrenatural, não existe!Foi uma invenção criada pela própria igreja na Idade Média para amedrontar os analfabetos europeus e que mais tarde trouxeram essa herança maldita para América. Por isso esses inescrupulosos mega-empresários que mantém o poder monetário do planeta em suas mãos, promovem nas mídias filmes, novelas com produções Block Busters insinuando vários livros da epopeia de passagens bíblica e principalmente o livro do Apocalipse para fazer "gestalt" coletiva com a alienação do medo pré-estabelecida. Paralelo a isso, as ditas “balas perdidas brasileira” (mas que sempre encontra um alvo), ceifam vidas de inocentes e, seus familiares se contentam a rezar e se consolar pedindo “justiça divina” buscando no exercício da fé, tal proeza advinda dos céus, fato que nunca vi acontecer em lugar nenhum, a não ser nos intencionais filmes piegas hollywoodiano. São tantos bordões religiosos para consolar o medo do mistério que envolve o espírito, parece até que estarmos vivendo uma espécie de “Idade Média" sem inquisidores de corpo presente, mas com muito brilho tecnológico que continuam dizendo sobre a "imponente salvação”, “ o temor a Deus” etc. Todos temem o reticente, preferem se aconchegarem no previsível e acreditarem nos "pacotinhos da salvação” de mil anos atras e, que foi inventado pelas igrejas quando 98% da população europeia eram devotos da Igreja Católica e, poucos ousavam falar de coisas alem da sua cultura religiosa. Está na hora de começarmos a duvidar desses "kitsch" religiosos que acha que a vida tem um sentido divino, parecendo mais uma brincadeira de quebra-cabeça e, que coloca a existência inteira de cada um de nós, fadada a exercitar em percas e desencontros (tal como o supra-sacrifício do personagem Job da Bíblia). Sabemos que não vai dar em nada como sempre aconteceu, a não ser, testemunharmo-nos no final da nossa vida, nosso auto-sacrifício e, consolarmo-nos com esses bordão/engodos que nos consumiu a vida toda, enquanto que durante esses longos milênios, "os donos do jogo" sempre souberam do resultado, pois eles estão aqui neste planeta há milênios, rindo e administrando o embuste sado-masoquista, "me engana que eu gosto”, dos idiotas que querem ser “salvos" sem saber "de que" ou "de quem", por que historicamente, esse postulado foi enfiado “goela abaixo na consciência de todos os cristãos há séculos”, e que os mesmos nunca perguntaram para si próprio, sobre esse postulado ou para que servem, apenas seguem o andor da eterna procissão milenar, que antes os fieis se valiam de velas e incensos e hoje, “evoluíram” trocaram pela mídia e a Internet… “ Amém”! (Texto foi publicado na revista Lume Mato Grosso - nº 27, Ano 4, Dezembro 2018)

Postagens mais visitadas deste blog

A falsa da “Diáspora Africana”

Interferência de igrejas evangélicas no processo da educação brasileira